Enquanto programava minha viagem para Bali, em meio a pesquisas em blogs e fóruns sobre viagens, eis que esbarrei em uma postagem sobre subir um vulcão ativo na Indonésia !!!😲 Eu, que nunca havia feito nenhum tipo de trilha, já me surpreendi de imediato e coloquei na cabeça que participaria dessa aventura de qualquer jeito. Quando eu estivesse em Bali não poderia deixar de subir o Monte Batur de jeito nenhum, e poucos meses depois lá estava eu.
Monte Batur (os créditos da imagem pertencem ao autor desta foto). |
O monte Batur (Gunung Batur pela língua local) é um vulcão ativo localizado ao nordeste, na ilha de Bali na Indonésia,
logo ao lado do maior pico da ilha, o monte Agung. A altura máxima do monte chega aos 1.717 metros e sua cratera mede em torno de 10km. A ultima erupção registrada no vulcão foi no ano 2000. A trilha percorre mais ou menos 8,5km, com duração de 2h30 a 3 horas.
logo ao lado do maior pico da ilha, o monte Agung. A altura máxima do monte chega aos 1.717 metros e sua cratera mede em torno de 10km. A ultima erupção registrada no vulcão foi no ano 2000. A trilha percorre mais ou menos 8,5km, com duração de 2h30 a 3 horas.
Após 2 dias de estadia em terras balinesas tomei rumo para a cidade de Ubud junto de 2 moças brasileiras, simpáticas, que conheci através do fórum mochileiros.com. Acabamos por ficar na mesma homestay, que por sinal era ótima e comentarei mais sobre ela em outra postagem.
Percusso da trilha traçado pelo meu aplicativo do Strava. |
No horário combinado o motorista já nos esperava, seguiu caminho por Ubud passando por alguns hostels e homestays buscando mais pessoas que ingressariam naquele grupo. Depois paramos em um local parecido com uma casa, ainda dentro da cidade, nos levaram nos fundos onde tinha uma mesa larga de madeira, tipo refeitório. Nos sentamos para tomar o primeiro "café da manhã", eu particularmente não lembro muito bem o que nos serviram, mas era algo bem simples como um café com leite e ovo cozido, acho que nem comi. Sem demorar muito, seguimos viagem, mais ou menos 1h30 até o ponto de saída da trilha. Durante o caminho, conhecemos outra moça, super gente boa que era de Portugal, como estava sozinha acabou se juntando ao nosso pequeno grupinho BR.
Chegando no local, varias e varias vans transportando os vários grupos que iriam subir o vulcão naquela manhã. Não sei quanto aos outros grupos mas o nosso tinha em torno de 10 pessoas e mais 2 rapazes que seriam nossos guias na caminhada. Antes de iniciar o trajeto, os guias distribuem um "kit" com uma garrafa de água mineral, um lanchinho bem básico e uma lanterna pequena, muito útil.
Depois de uma ida ao banheiro e grupo reunido, finalmente começamos a caminhada. É impossível enxergar qualquer coisa que não sejam as estrelas no céu e as lanternas das pessoas que estão na sua frente, realmente muito escuro. No início da caminhada tudo é muito tranquilo, temperatura fresca da madrugada, terreno espaçoso e não é ingrime nem acidentado.
Passados alguns minutos de caminhada, os grupos começam a ficar mais distantes um do outro, cada grupo tem seu ritmo. Aqueles com melhor preparo físico começam a tomar distância dos demais, o terreno começa a ficar bastante ingrime e difícil de ser percorrido, terreno acidentado com muitas pedras, inclusive soltas. É preciso tomar certo cuidado ao caminhar, onde pisar para não torcer o pé (eu tenho sorte pra essas coisas), um calçado adequado ajuda com toda a certeza.
Dependendo da exigência do grupo os guias param para pequenos intervalos de descanso, e tudo que você consegue enxergar é uma trilha de pontinhos de luz que sobe em direção ao céu, formados pelas lanternas. É importante conferir as pilhas da sua lanterna, a força da luz dela em comparação com as outras, pois a minha estava relativamente fraca e as vezes eu tinha dificuldade para caminhar e iluminar aonde eu estava pisando, mas nada que me impedisse de seguir em frente, nem o cansaço estava batendo devido a euforia de finalmente estar subindo o vulcão!
Mais ou menos com 1h de caminhada atingimos o topo do monte perto das 6h da manhã, já estava próximo de amanhecer, todos procurando um bom lugar pra sentar e apreciar o nascer do sol. Neste ponto da montanha tem uma pequena barraquinha onde pode-se comprar água por exemplo, isso pelo dobro do valor pago na cidade ou até mais. Um ponto triste é que algumas crianças estão ali vendendo e eu ficava imaginando como devia ser cansativo para elas subir aquela trilha todo dia de madrugada para vender coisas.
Nascer do sol no topo do monte Batur. |
Monte Agung em frente ao Monte Batur, o ponto mais alto de Bali. |
Sol nascendo no Monte Batur. |
Parte da trilha vista do topo. |
Galera reunida vendo o nascer do sol, da esquerda pra direita: Eu, Rita (portuguesa), Fernanda e Thaísa ( as duas BRs). |
Neste momento de apreciação os guias reuniram o pessoal do nosso grupo e perguntaram se queríamos voltar dali ou seguir em frente e dar a volta no vulcão pelo topo da cratera e descer por outro caminho. Eu vi poucas pessoas fazendo este caminho então sugiro que tente fazer este caminho porque a vista dos outros lados também é ótima.
Ainda no topo do monte, o êxtase não fica só por conta da vista, podemos encontrar macacos lá em cima. É possível descer um pouquinho dentro da cratera e ver as paredes soltando fumaça, é incrível você encostar em certas pedras e sentir elas fervendo e ai você pensa "caramba, estou mesmo em cima de um vulcão ativo".
Um dos guias acendeu um cigarro e soprava o calor do cigarro em direção a um desses pontos de fumaça na pedra e ela parecia esquentar e fumaçar mais ainda, tivemos a oportunidade de tentar o mesmo truque, besta, porém divertido !😁
Um dos guias acendeu um cigarro e soprava o calor do cigarro em direção a um desses pontos de fumaça na pedra e ela parecia esquentar e fumaçar mais ainda, tivemos a oportunidade de tentar o mesmo truque, besta, porém divertido !😁
Fumaça saindo da rocha no lado de dentro da cratera. |
Chegado que encontrei lá em cima. |
O topo visto do outro lado da cratera. |
Ideia de foto dos guias hahaha! |
Monte Batur ao fundo vencido por nós depois de uma longa caminhada! |
Um dos guias havia se adiantado e nos esperava na van junto com a maioria do nosso grupo. A próxima parada antes de terminar este passeio geralmente é uma visita a uma "fazenda" de café onde eles produzem o famoso café Luwaki, deixarei este assunto para outro post. Após a visita o motorista deixa cada um em sua respectiva hospedagem.
A duração média deste passeio é em torno de 8 horas, apenas com o vulcão gastamos por volta de 5 horas que valeram muito a pena. Na minha opinião um passeio imperdível que você vai poder contar pros seus netos, eu já subi um vulcão na indonésia hahaha! 😎
Até a próxima...